Novo artigo de Arthur Pinheiro Machado para Forbes:
O economista Joseph Schumpeter escreveu que “o empreendedor não mais existe como uma pessoa individual na empresa industrial madura.” Ele estava expressando uma opinião formada ao longo de várias décadas: que as empresas, com a sua organização altamente desenvolvida e uma gestão eficaz, deveriam liderar o caminho para o desenvolvimento e inovação, superando o talento individual.
Schumpeter não era o único. Ele foi seguido por autores como Peter Drucker, John Kenneth Galbraith e Andrew Shonfield, que propôs que na época eram novas formas de modelar a estrutura e a importância social das organizações. Até certo ponto, eles estavam aplicando ao mercado e aos movimentos da economia que originariam na política, o resultado de profundas mudanças estruturais e sociais que surgiriam entre as duas guerras mundiais. (Uma análise aprofundada da dinâmica dessa mudança, e seu impacto social, podem ser encontrados em Pierre Rosanvallon excelente livro, “A sociedade de iguais”.) Embora muitas das idéias sugeridas na época ainda são muito relevantes para a gestão da empresa, o argumento básico provou ser totalmente falso. Primeiro de tudo, não era das grandes corporações que produziram as grandes revoluções em tecnologia e desenvolvimento social; e o que é mais – e eu acho que ainda mais interessante – as empresas no momento, na verdade reduzida a sua capacidade de criar valor constante para os seus acionistas.
**Arthur Mario Pinheiro Machado é o autor do Apertis Verbis. Com vasta experiência no mercado financeiro, Arthur foi sócio da Ágora Corretora e responsável pela criação da primeira área de Electronic Trading do Brasil. É hoje o CEO da ATG (Americas Trading Group) e faz parte do Conselho de Administração de diversas instituições.