Após a conquista de direitos pela Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015), especialistas apontam que o foco deve ser a efetivação na esfera municipal. E, ainda, levar a legislação ao conhecimento das pessoas com deficiência. Parlamentares, organizações e especialistas que atuam na área se reuniram, na Câmara dos Deputados, no Seminário Autonomia e Direitos, para debater os avanços e desafios do setor nos últimos anos.
Professora aposentada de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a doutora Izabel Maior é cadeirante e milita há mais de trinta anos na defesa dos direitos das pessoas com deficiência. Ela destaca que há avanços, mas ainda é preciso lutar.
“Caminhamos, avançamos, temos muita coisa, tanto a comemorar como saber que são pontos de partida para novas vitórias.”
Autora do pedido para realizar o evento, a deputada federal Rosinha da Adefal, do PTdoB de Alagoas, é cadeirante e diz que conquistar direitos é tão importante quanto garanti-los.
“É tão importante quanto legislar, é que a gente consiga enquanto legislador efetivar os direitos que a gente conquistou em leis. E, isso a gente não vai fazer sozinho, tem que ter a sociedade junto”.
A assistente social Elisandra Oliveira atua no Centro de Vida Independente de Manaus levando conhecimento para outras pessoas com deficiência. Ela conta como foi complicado quando desconhecia a legislação.
“Foi difícil, eu passei por isso, a faculdade não tinha acessibilidade. Eu tinha que dar inúmeras voltas para conseguir achar uma rampa. Até que quando eu estava no sétimo período me disseram que eu tinha direito a fazer uma carta de próprio punho para a minha sala descesse para o térreo. Mas, ainda tinham as catracas, enfim, inúmeros problemas, o piso que não era preparado. É como se estivesse matando um leão por dia. É todo dia uma dificuldade muito grande”.
O seminário na Câmara foi realizado pela Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência em comemoração ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, os 10 anos da Convenção da ONU sobre o tema e o primeiro ano da Lei Brasileira de Inclusão.
Agência Câmara Notícias
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