Turquia: Os Dervixes e a Dança do Cosmos

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Os Dervixes são homens com roupas brancas que aparecem girando no sentido anti- horário. Usam um chapéu na cabeça que parece um grande dedal.

O termo dervixe (mendigo, mendicante) tem origem no idioma persa e se refere a um muçulmano asceta (praticante da renúncia do prazer e satisfação de algumas necessidades primárias, com o fim de atingir a iluminação espiritual) do segmento sufista (tendência exotérica e mística) do Islã. Eles fazem parte da irmandade Mevlevi criada na primeira metade do século XIII pelo filósofo e poeta místico Jelaluddin Mevlana Rumi, na cidade turca de Konya.

Esse ritual é um dos mais conhecidos e é chamado de Sama ou Sema, que é a oração em movimento, em que os fiéis podem girar por horas entrando em êxtase profundo, pois os liberta da dor da vida diária, purificando a alma e enchendo-os com amor. No Oriente Médio acredita-se que quando eles estão nesse êxtase o corpo deles fica aberto para receber a energia divina. Os sultões turcos sempre consultavam os Dervixes em tempos difíceis. O girar deles gerava um efeito relaxante e hipnótico no qual os sultões podiam buscar orientação.

Durante essa cerimônia religiosa solene acredita-se que o poder divino entra pela palma da mão direita, apontada para cima, passa pelo corpo e sai pela palma da mão esquerda, apontada para baixo, em direção à terra. O Dervixe não retém o poder nem o direciona. Ele aceita que é o instrumento de Deus e, portanto, não questiona o poder que entra e sai dele.

No Egito, a dança de giros dos Dervixes é chamada de Tanura, que em árabe antigo quer dizer saia e, que ao contrário da dança realizada na Turquia, onde em geral eles estão vestidos de branco, no Egito é dançada com saias bem coloridas.

Quando o dançarino da Tanura se move, ele é como o sol, e os dançarinos ao redor são os planetas. Ele desamarra e tira várias saias diferentes durante a dança. Seus rodeios simbolizam a sucessão das quatro estações e os movimentos no sentido anti-horário são exatamente como o movimento ao redor do “Kaaba” (o santuário sagrado de Meca).

Na novela Salve Jorge, da Globo, que se passou na Turquia, eles souberam aproveitar bem essa ideia em uma cena que mostra os meses passando rapidamente através do rodopio das saias de uma dançarina de Tanura.

Existem várias irmandades de sufis, com características distintas entre si, mas sempre tendo por crença o crescimento interior como forma de integração com o Criador. Dizem que, enquanto um islâmico comum pode orar a Deus por obrigação, o sufi tem por objetivo unir-se a Ele.

Encerro esta pequena viagem “rodopiante” com uma frase de Vitor Hugo: “Há pensamentos que são orações. Há momentos nos quais, seja qual for a posição do corpo, a alma está de joelhos”.

 

*Maria Helena Magalhães Sarmento Afonso é Mestre em Comunicação, Pós Graduação em Sucesso Empresarial e Marketing Internacional , cursos de extensão em Marketing e Comércio Exterior na FGV. Coach certificada pela Integrated Coaching Institute. Diversos cursos no exterior sobre temas internacionais e interculturais. Palestrante internacional, professora de Pós Graduação no Mackenzie e diretora da DBI Foreign Trade.

Twitter: @estrelaguianews

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