Por Antoniel Pontes
O vereador Rafael Ranalli (PL) e o deputado estadual Wilson Santos (PSD) se uniram para ajudar quase 700 famílias que correm o risco de perder suas casas nos condomínios Lavras do Sutil I e II e Minas de Cuiabá. Os imóveis fazem parte da massa falida da antiga construtora Trese, que foi leiloada pela Justiça.
O problema é que muitas dessas famílias vivem no local há décadas. Algumas compraram os imóveis quando os condomínios foram lançados há mais de 30 anos e outras adquiriram os direitos de posse ao longo do tempo. Mesmo assim, o processo judicial determinou a venda dos empreendimentos.
A empresa que venceu o leilão, a Trunk Gestão Empresarial, agora quer negociar novamente com os moradores, cobrando valores para que eles possam permanecer nos apartamentos. Diante da situação, Ranalli e Wilson entraram na história para tentar melhorar as condições de pagamento e garantir que ninguém seja despejado.
A reunião aconteceu na tarde desta quinta-feira(23.10) no Fórum de Cuiabá, na 1ª Vara de Falências, onde tramita o processo da massa falida da Trese Construtora. O encontro contou com a presença dos parlamentares e de dezenas de moradores, que foram em busca de informações e apoio para continuar nas residências onde já vivem há muitos anos.
“Eu e o deputado Wilson estamos auxiliando essas famílias nessa renegociação, porque praticamente todas compraram esses imóveis. A Justiça determinou o leilão, mas agora chegou o momento da conciliação. Queremos que essas famílias tenham acesso a um preço justo e possam continuar morando onde vivem há muitos anos”, disse Ranalli.
O caso não é novo. Em abril, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso mediou um acordo que beneficiou parte dos moradores do condomínio Villa das Minas e do Lavras do Sutil I. O acordo previu parcelamento em até 180 vezes, descontos e o início da regularização dos documentos, como desmembramento de matrícula e emissão de Habite-se.
Mas nem todos foram contemplados. Agora, a meta de Ranalli e Wilson é estender esse acordo para quem ficou de fora, principalmente os moradores do Lavras do Sutil II e de blocos ainda não regularizados do Lavras I.
A Justiça manteve recentemente a decisão que deixa o caso sob conciliação, o que reforça que a saída virá pela negociação e não por despejos. A expectativa é que as próximas reuniões entre os políticos e as famílias avancem para definir novos valores e prazos de pagamento, garantindo o direito à moradia para centenas de famílias cuiabanas.
Da assessoria

